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Cientistas atribuem forma da Lua a forças gravitacionais exercidas pela Terra

Uma equipa de cientistas dos Estados Unidos atribuiu a forma da Lua, que não é uma esfera perfeita, a forças gravitacionais exercidas pela Terra durante a infância do satélite, há 4,4 mil milhões de anos.

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© Akintunde Akinleye / Reuters

O satélite natural da Terra não é totalmente esférico, mas ligeiramente  achatado, sendo igualmente deformado por um ligeiro "inchaço" na face visível  a partir do "planeta azul" e por uma outra protuberância na face escondida.

Segundo a equipa do investigador Ian Garrick-Bethell, da Universidade  da Califórnia, as primeiras forças de maré exercidas pela Terra, quando  esta estava mais próxima da Lua, aqueceram de maneira desigual, conforme  os sítios, a crosta do satélite natural, quando este flutuava num oceano  de rocha em fusão.  

Posteriormente, quando a Lua arrefecia, as forças gravitacionais deformaram  o seu exterior e coagularam as suas protuberâncias. 

A força de maré sincronizou, também, a rotação da Lua e a sua evolução  em torno da Terra, o que fez com que os humanos vejam sempre a mesma face  do satélite natural. 

Para chegar às suas conclusões, publicadas hoje na revista Nature, a  equipa de Ian Garrick-Bethell analisou a topografia da Lua, abstraindo-se  das suas vastas crateras, que terão aparecido numa fase posterior. 

O astrofísico estima que a compreensão da forma da Lua poderá ajudar  a apreender "um grande número de fenómenos geológicos que terão ocorrido  depois da sua formação", inclusive a sua assimetria. Só a face visível da  Lua apresenta planícies vulcânicas. 

O Sistema Solar formou-se há cerca de 4,5 mil milhões de anos e a Lua  terá nascido de uma colisão em massa suportada pela Terra. 

A Lua localiza-se a uma distância média da Terra de 384 mil quilómetros  e afasta-se do "planeta azul" 3,8 centímetros por ano. 

Lusa

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