A organização de defesa dos direitos humanos, com sede em Nova Iorque, exortou a comunidade internacional a "responsabilizar os autores de tais abusos".
"As mulheres não têm sido poupadas à brutalidade do conflito sírio, mas não são meramente vítimas passivas", disse Liesl Gerntholtz, diretora da divisão dos direitos das mulheres da HRW.
O relatório é baseado em entrevistas a mulheres refugiadas e a serviços de apoio na Turquia, para onde fugiram centenas de milhares de sírios devido à guerra no seu país.
"Várias mulheres disseram à Human Rights Watch que forças governamentais ou grupos armados as perseguiram, ameaçaram ou detiveram devido ao seu ativismo pacífico, incluindo a organização ou participação em manifestações e a ajuda a sírios necessitados", referiu a HRW.
Organizações de direitos humanos têm documentado a tortura sistemática e os maus tratos a homens e mulheres nas prisões e centros de detenção da Síria.
Grupos antirregime também cometeram abusos contra as mulheres e impuseram "políticas discriminatórias contra as mulheres e raparigas, incluindo restrições relativas ao vestuário e à liberdade de movimentos", disse a organização.
"Todas as partes do conflito devem tomar medidas para proteger as mulheres e raparigas da violência", defendeu a HRW.
Lusa