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Mulheres são vítimas de "brutalidade do conflito" na Síria

As mulheres têm sido vítimas de detenções  arbitrárias, tortura, assédio e discriminação por parte das forças governamentais  e rebeldes durante os três anos do conflito na Síria, segundo um relatório  da Human Rights Watch (HRW) divulgado hoje. 

© Muhammad Hamed / Reuters

A organização de defesa dos direitos humanos, com sede em Nova Iorque,  exortou a comunidade internacional a "responsabilizar os autores de tais  abusos". 

"As mulheres não têm sido poupadas à brutalidade do conflito sírio,  mas não são meramente vítimas passivas", disse Liesl Gerntholtz, diretora  da divisão dos direitos das mulheres da HRW. 

O relatório é baseado em entrevistas a mulheres refugiadas e a serviços  de apoio na Turquia, para onde fugiram centenas de milhares de sírios devido  à guerra no seu país. 

"Várias mulheres disseram à Human Rights Watch que forças governamentais  ou grupos armados as perseguiram, ameaçaram ou detiveram devido ao seu ativismo  pacífico, incluindo a organização ou participação em manifestações e a ajuda  a sírios necessitados", referiu a HRW. 

Organizações de direitos humanos têm documentado a tortura sistemática  e os maus tratos a homens e mulheres nas prisões e centros de detenção da  Síria. 

Grupos antirregime também cometeram abusos contra as mulheres e impuseram  "políticas discriminatórias contra as mulheres e raparigas, incluindo restrições  relativas ao vestuário e à liberdade de movimentos", disse a organização.

"Todas as partes do conflito devem tomar medidas para proteger as mulheres  e raparigas da violência", defendeu a HRW. 

Lusa

 

     

 

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