"Vinte e uma pessoas morreram em Karshi e 17 em Nandu. Ainda não identificámos quem perpetrou o ataque", declarou à agência France-Presse Adamu Danzaria, chefe do distrito das duas vilas.
Ahmed Maiyaki, porta-voz do governador de Kaduna, Mukhtar Yero, confirmou o ataque e deu a mesma avaliação, mas recusou-se a dizer qual o grupo étnico que pode ter estado na origem da violência.
Aminu Lawan, porta-voz da polícia do Estado de Kaduna, declarou ter tomado conhecimento dos ataques e precisou que foi aberta uma investigação para identificar os autores do ataque.
Kaduna, juntamente com o Estado de Plateau, constitui a "cintura central", linha de separação entre o norte maioritariamente muçulmano e o sul cristão, tem sido palco de confrontos inter-religiosos, cujo ponto de partida são muitas vezes querelas políticas.
A violência que se seguiu às eleições gerais de 2011 na Nigéria fez centenas de mortos em Kaduna. Paralelamente, existem tensões entre agricultores cristãos e pastores da etnia Fulani, muçulmanos.
A organização não-governamental Human Rights Watch indicou em dezembro de 2013 que mais de 10 mil pessoas foram assassinadas nos Estados de Kaduna e Plateau desde 1992 por causa da sua religião ou etnia.
Nos últimos meses a Nigéria tem sido alvo de diversos ataques do Boko Haram, grupo radical islâmico que pretende a criação de um Estado independente no norte da Nigéria.
Lusa