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Polícia britânica vai fazer mais diligências nas próximas semanas no caso Maddie

Mais diligências serão realizadas "nas próximas semanas e meses", adiantou hoje a polícia britânica que investiga o desaparecimento de Madeleine McCann, após admitir que as buscas feitas em terrenos na Praia da Luz, no Algarve, foram infrutíferas.

Ao todo, foi investigada uma área de cerca de 60 mil metros quadrados,  incluindo condutas de eletricidade e gás, esgotos e edifícios em ruínas,  com o auxílio de cães pisteiros e georradares. () 
© Stringer . / Reuters

 Num comunicado divulgado hoje à tarde, a Polícia Metropolitana britânica  indica que chegou ao fim a operação de buscas, que se prolongou por oito  dias, admitindo que, "a esta altura, não foi encontrada nenhuma pista relativa  a Madeleine McCann".  

Acrescenta, porém, que a operação "deu informação essencial sobre a  atividade realizada e (sobre) as pessoas que usaram aquele trecho de terreno".

Os trabalhos, em conjunto com a Polícia Judiciária e Guarda Nacional  Repúblicana, que incluíram escavações, começaram no dia 2, no miradouro  da Praia da Luz, e hoje centraram-se em terrenos à entrada da localidade  turística. 

Ao todo, foi investigada uma área de cerca de 60 mil metros quadrados,  incluindo condutas de eletricidade e gás, esgotos e edifícios em ruínas,  com o auxílio de cães pisteiros e georradares.  

A polícia britânica adiantou terem sido "analisadas integralmente" 41  "anomalias no solo", identificadas por via aérea e terrestre, três das quais  fora da área prevista inicialmente.  

"A decisão de fazer buscas no terreno baldio em forma de 'ferradura  de cavalo', a oeste da Praia da Luz, e outros locais foi um resultado específico  da investigação feita até agora pelo Reino Unido", precisa o comunicado.

Referiu também que a equipa de agentes britânicos de investigação forense,  destacados para o local, "estavam lá para proporcionar a máxima garantia  de que esta área foi pesquisada seguindo os mais elevados padrões possíveis".

Terminada a primeira fase da investigação decidida em conjunto com as  autoridades portuguesas, na sequência de quatro cartas rogatórias submetidas  até agora, a Scotland Yard espera começar nova atividade em breve.  

De acordo com a fonte ouvida pela Lusa, os polícias britânicos irão  regressar a Portugal, em data ainda não marcada, para ouvir mais oito pessoas  que, admitem, possam ajudar a esclarecer o caso. 

A polícia britânica pretende assegurar que todas as linhas de investigação  "progridem de uma forma sistemática", pelo que quis testar a hipótese de  que a criança teria sido morta e enterrada no local.  

"Há ainda uma quantidade substancial de trabalho a ser concluído nas  próximas semanas e meses, o que, novamente, deve ser visto como nada mais  do que atividade operacional normal, num caso desta dimensão e complexidade".

A polícia britânica revelou que estão a ser preparados novos pedidos  de diligências para serem submetidos, "na altura devida".  

A "Operação Grange", nome da investigação britânica ao desaparecimento  da criança britânica, começou em 2011, como uma revisão da informação disponível.

No ano seguinte, foi anunciada a abertura de um inquérito formal e o  desejo de inquirir várias "pessoas de interesse", tendo sido enviadas cartas  rogatórias a 30 países, incluindo Portugal. 

Madeleine McCann desapareceu poucos dias antes de fazer quatro anos,  a 3 de maio de 2007, do quarto onde dormia juntamente com os dois irmãos  gémeos, mais novos, num apartamento de um aldeamento turístico, na Praia  da Luz, no Algarve. 

Lusa

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