A inclusão do Boko Haram nessa lista, que foi imediatamente saudada pelo Reino Unido e pelos Estados Unidos, entrou imediatamente em vigor, depois de não terem sido levantadas objeções pelos 15 membros do Conselho de Segurança da ONU.
Esta medida automaticamente sujeita o Boko Haram a sanções das Nações Unidas, entre as quais o embargo de armamento e congelamento de bens.
O grupo, que foi criado há 10 anos, quer instaurar um Estado islâmico no maioritariamente muçulmano norte da Nigéria.
Os seus militantes mataram vários milhares de pessoas numa campanha de violência desde 2009.
A emissária norte-americana à ONU, Samantha Power, declarou que foi "um passo importante" no apoio aos esforços da Nigéria "para derrotar o Boko Haram e responsabilizar os seus líderes assassinos pelas atrocidades" cometidas.
"É um passo significativo, o importante é atacar o problema e ele é o terrorismo", disse o embaixador nigeriano Joy Ogwu à imprensa na quarta-feira, antecipando a medida.
A Nigéria pediu à comissão de sanções da Al-Qaeda para pôr o grupo islâmico armado na lista negra e lhe impor sanções.
Permanece, no entanto, uma incógnita se as sanções terão algum verdadeiro impacto num grupo sediado numa área da Nigéria que tem uma economia baseada nas transações em dinheiro.
Lusa