Cinco polícias, duas mulheres e cinco crianças estavam entre os mortos no ataque que também vitimou dois funcionários da televisão.
O atentado ocorreu num momento de grande afluência, na entrada norte da cidade de Hilla, a 95 quilómetros a sul de Bagdade, contam as fontes. O balanço anterior apontava para 21 mortos.
O Iraque está a enfrentar um aumento da violência sectária e ataques terroristas, que no ano passado causaram a morte de mais de 8.860 pessoas, das quais 7.818 eram civis, segundo uma contagem da ONU.
A violência aumentou para níveis que já não se verificavam desde 2008, sobretudo impulsionada pelo descontentamento generalizado entre a minoria árabe sunita e pela guerra civil na vizinha Síria.
"Eu vi um enorme incêndio que apanhou todo o posto de controlo e cobriu muitos carros nas proximidades. Muitas vítimas não conseguiram sair dos seus carros devido à pressão da explosão que derreteu os fechos das portas", relatou uma das vítimas Salam Ali, na cama do hospital de Hilla, onde deu entrada com ferimentos no peito e numa das mãos.
Outra testemunha, de 18 anos, Kadhim Abdulhussein, contou que viu pedaços de metal do posto de controlo a espalhar-se por dezenas de metros.
A televisão estatal Iraqiya divulgou também que dois dos seus empregados, Muthanna Abdulhussein and Khaled Abed Thamer, estão entre os mortos.
Já hoje, foram divulgados outros ataques, um deles foi a explosão de uma bomba contra um comboio onde seguia a deputada Nahda al Daini, da aliança de oposição Unidos, na cidade Al-Meqdadiya, na província ocidental de Diyala.
A explosão feriu dois guarda-costas da deputada e dez transeuntes, enquanto ela e seu irmão, um responsável de Diyala, saíram ilesos porque viajavam em um carro blindado.
Outro ataque ocorreu na cidade de Al Tuz, ao norte da capital, onde um grupo de homens armados colocou um posto de controle falso e disparou contra uma empresa petrolífera.
Três funcionários da empresa morreram e outros três ficaram feridos no ataque, que ocorreu quando estes se dirigiam para a sede da empresa Kirkuk.
Lusa