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China insatisfeita com reação internacional ao ataque terrorista em Kunming

A China mostrou-se hoje insatisfeita com a reação internacional ao ataque terrorista do sábado passado na estação ferroviária de Kunming, no sudoeste do país, que matou 29 pessoas e feriu mais de 130.

"Esperamos que no futuro a China receba mais apoio da comunidade internacional  na sua luta contra o terrorismo", disse a porta-voz da Assembleia Nacional  Popular chinesa e ex-vice-ministra dos Negócios Estrageiros, Fu Ying. 

No início de uma conferência de imprensa no Grande Palácio do Povo,  em Pequim, Fu Ying condenou o ataque terrorista em Kunming como uma "atrocidade"  e salientou que "o terrorismo não tem fronteiras". 

O ataque, atribuído pelas autoridades a separatistas do Xinjiang ligados  ao Movimento Islâmico do Turquistão Oriental, foi descrito na imprensa oficial  chinesa como "o 11 de setembro da China". 

Os governos dos Estados Unidos da América, França, África do Sul e outros  países condenaram o ataque, mas o caso não gerou o repúdio e a onda de solidariedade  globais suscitadas pela destruição das Torres Gémeas de Nova Iorque, em  2001. 

O ataque em Kunming - o primeiro do género registado na China - foi  executado por homens armados com grandes facas que, no sábado à noite, cerca  das 21:00 (hora local), começaram a esfaquear as pessoas que se encontravam  no 'hall' da estação ferroviária daquela cidade. 

Quatro dos atacantes foram abatidos no local e outros quatro, entre  os quais uma mulher, foram detidos, disse a polícia. 

O líder do grupo foi identificado como Abdurehim Kurban, um nome aparentemente  uigur, a maior etnia do Xinjiang, de religião muçulmana e cultura turcófona.

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