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Juiz considera "inqualificável" gravação de interrogatório à infanta Cristina

O juiz de instrução espanhol  do caso Nóos, José Castro, considerou hoje "inqualificável" a gravação não  autorizada de parte da declaração à infanta Cristina, no sábado, tendo ordenado  já uma investigação. A infanta Cristina, filha do rei de Espanha, foi ouvida em tribunal no âmbito do processo por desvio de seis milhões de euros. Durante o interrogatório alegou desconhecer as atividades da fundação e da empresa que detinha com o marido.

À chegada ao tribunal hoje, Castro disse aos jornalistas ter "suspeitas"  de quem entre as cerca de 40 pessoas presentes na sala terá feito o registo  amador em vídeo, divulgado hoje pelo jornal El Mundo. 

"Temos algumas suspeitas mas não as posso revelar, claro", disse. 

O jornal El Mundo publicou hoje na sua edição online um vídeo amador  de cerca de cinco minutos com parte da declaração da infanta Cristina, no  sábado, perante o juiz José Castro, onde estava proibido o uso de telemóveis.

No vídeo, gravado com uma câmara amadora, vê-se a filha de Juan Carlos,  de costas, a responder a algumas das perguntas que o juiz colocou durante  o longo interrogatório de cinco horas. 

Este excerto do interrogatório centra-se nas atividades do Instituto  Nóos e mostra, por várias vezes, a infanta a responder com a frase: "não  me lembro". 

O juiz já tinha ordenado uma investigação para saber quem tinha registado  uma foto publicada também pelo El Mundo, no domingo. 

Recorde-se que José Castro tinha determinado que o depoimento da infanta  Cristina seria gravado apenas em áudio e que estava proibido o uso de qualquer  dispositivo que permitisse a gravação de imagens. 

Com Lusa

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