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Portugal garante disponibilidade para transbordo de material químico da Síria

Portugal cederá um porto nos Açores para  transbordo de material químico proveniente da Síria caso os Estados Unidos  sigam esta opção, garantiu hoje o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros,  Rui Machete, em Washington. 

"Estamos dispostos, em cumprimento da solidariedade internacional",  disse Machete à agência Lusa, explicando que a decisão resulta, "como se  sabe, de um mandado do Conselho de Segurança das Nações unidas, que tem  a colaboração ativa da Rússia, da China, dos países da União Europeia e  dos Estados Unidos." 

À saída de um encontro em Washington com o secretário de Estado norte-americano,  John Kerry, Machete confirmou que a matéria "foi analisada, mas não especificamente"  e que Portugal está disponível. "Nos termos em que inicialmente pusemos à disposição a possibilidade  do transbordo das armas químicas ser feito num porto português, neste caso  nos Açores, se vier a ser necessário, e dentro das mesmas condições ou condições  similares", acrescentou. 

As autoridades norte-americanas contataram este mês Portugal para avaliar  a possibilidade de realizar o transbordo de material químico proveniente  da Síria num porto nos Açores. 

Em comunicado, o MNE afirma que Portugal foi um dos países contactados  pelos Estados Unidos da América, que "procuraram apurar a disponibilidade,  junto de vários parceiros, de estruturas portuárias para a operação de transbordo  do material químico transportado a partir da Síria num navio dinamarquês  para um navio norte-americano". 

O material começou a sair da Síria em 7 de janeiro, no âmbito de um  acordo sobre o desmantelamento do arsenal de armas químicas do regime de  Damasco.  

Este pedido dos Estados Unidos decorre no quadro da resolução 2118,  adotada por unanimidade pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas e com  a aprovação da Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ). 

No dia 16 deste mês foi anunciado pelo ministro dos Transportes de Itália,  Maurizio Lupi, que o porto italiano de Gioia Tauro, na região da Calábria,  foi o escolhido para a operação de transbordo de químicos do arsenal sírio.

     

Lusa

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