"Às 19:00 TMG (mesma hora em Lisboa) temos que receber a confirmação de que o convite para o Irão participar [na conferência de paz] foi retirado, caso contrário não iremos à conferência", declarou à agência noticiosa francesa AFP Hadi Al-Bahra.
Al-Bahra insistiu que a participação do Irão nas conversações, conhecidas como "Genebra 2", "era impossível".
Pouco depois, a Coligação publicou uma declaração em que reitera o prazo e sublinha que só aceitará ir a Genebra com o Irão, se a República Islâmica concordar com uma série de condições ou se as Nações Unidas retirarem o convite feito a Teerão.
O Irão tinha já declarado que não aceitará quaisquer condições para a sua participação nas conversações, que deverão decorrer na cidade suíça de Montreux.
A Coligação exigiu que o Irão "retire todas as tropas e milícias da Síria", respeite os termos da declaração de "Genebra 1" e anuncie "um compromisso positivo em Genebra 2".
"Caso não seja possível obter um compromisso para estas condições, pedimos ao secretário-geral (da ONU), Ban Ki-moon, que retire o convite feito ao Irão", indicou a Coligação.
"De outro modo, a Coligação síria não poderá participar na conferência 'Genebra 2'", frisou.
Os Estados Unidos anunciaram estarem, neste momento, a debater com a ONU o controverso convite feito ao Irão para participar na conferência de paz, esperando que "seja retirado", indicou um responsável do departamento de Estado.
O Irão, aliado do regime de Damasco, "nunca tomou uma posição a favor do comunicado de 'Genebra 1'", que pede uma transição política na Síria, e os Estados Unidos "esperam que o convite (da ONU a Teerão) seja retirado", acrescentou.
As conversações de paz entre o regime sírio e a oposição destinam-se a aprofundar o comunicado de 'Genebra 1', de 2012, que pedia um governo de transição, sem exigir explicitamente a demissão do presidente Bashar al-Assad.
Lusa