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Milhares de manifestantes concentrados junto ao Parlamento ucraniano

Milhares de manifestantes concentraram-se hoje junto ao parlamento ucraniano, numa altura em que os deputados se preparam para se pronunciar sobre uma moção de censura ao Governo por causa da rejeição de um pacto com a União Europeia.

No mesmo local estão milhares de agentes antimotim prontos para responder  a eventuais atos de violência. 

Em paralelo, segundo a agência espanhola Efe, centenas de manifestantes  bloquearam, pelo segundo dia consecutivo, a sede do Governo, num protesto  liderado pelo ex-ministro do Interior Iuri Lutsenko. 

A oposição anunciou que pretende apresentar hoje na Rada Suprema (parlamento)  uma moção de censura ao Governo de Mykola Azarov por frustrar a assinatura  do Acordo de Associação com a União Europeia (UE) e por "traição ao povo  da Ucrânia". 

O projeto de moção conta com a assinatura dos líderes de três forças  da oposição: Arseni Yastseniuk, do Batkivschina (Pátria); Vitali Klitschko,  do UDAR (Golpe), e Oleg Tiagnibok, do nacionalista Svoboda (Liberdade).

A moção surge numa altura em que a Ucrânia assiste a grandes protestos  - considerados os maiores no antigo país soviético desde 2004 -, que resvalaram  em violentos confrontos com a polícia, tendo as autoridades chegado a recorrer  a gás lacrimogéneo, indicou a AFP. 

Apesar do ambiente ter acalmado na segunda-feira, cerca de mil manifestantes  passaram a noite na Praça da Independência, em Kiev. 

O primeiro-ministro afirmou na segunda-feira que os protestos na capital  estavam "descontrolados" e responsabilizou as forças políticas da oposição  por aquilo que disse assemelhar-se a "um golpe de Estado".

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