"Uma revolução está a começar na Ucrânia. Estamos a montar um acampamento na Praça da Independência e a lançar uma greve nacional", disse o líder do partido nacionalista Sovoboda, Oleh Tiahniboh, em declarações à televisão divulgadas na Ucrânia e na Rússia.
O antigo campeão mundial de boxe e líder de um partido da oposição, Vitali Klitschko, considerado como um dos favoritos à presidência ucraniana nas eleições de 2015, apelou aos apoiantes para não desistirem de controlar o centro de Kiev.
"Temos de mobilizar toda a gente no país e não perder a iniciativa", disse, citado pela agência AFP.
Milhares de manifestantes responderam ao seu apelo, passando a noite na Praça da Independência.
Segundo a imprensa ucraniana, o Presidente da Ucrânia, Viktor Ianukovich, eleito em 2010 com o apoio da população russófona, maioritária no leste da Ucrânia, passou grande parte de domingo reunido com os seus conselheiros.
O protesto de domingo em Kiev contou com a participação de mais de 100 mil ucranianos que se manifestavam contra a decisão do Presidente de recusar a assinatura de um Acordo de Associação com a União Europeia, optando pela ajuda financeira oferecida por Moscovo.
Cerca de 100 polícias e 50 manifestantes ficaram feridos nos confrontos que se registaram depois de a polícia ter procurado dispersar cerca de mil manifestantes no sábado da Praça da Independência, causando mais de 30 feridos, o que levou à demissão do chefe da polícia de Kiev.
Na noite de sábado, uma ordem judicial proibiu manifestações na Praça da Independência e nas suas imediações até 07 de janeiro.
A oposição considerou o protesto de domingo em Kiev como o maior ocorrido no país desde a Revolução Laranja de 2004.
Na cidade ucraniana de Lviv, também cerca de 50 mil ucranianos pró União Europeia saíram à rua, a par de outros 250 na região de Donetsk, onde nasceu Ianukovich