Perto de um milhar de manifestantes concentrou-se em frente à sede do governo para protestar contra a recusa de assinar um acordo de associação com a União Europeia, o que coloca - na opinião dos pró-europeus - a Ucrânia nas mãos da Rússia.
No domingo já se tinha registado confrontos entre a polícia e manifestantes. Após o fim do protesto, alguns manifestantes permaneceram junto da sede do governo, na presença de um importante dispositivo policial.
O líder do partido de oposição Oudar, o campeão mundial de boxe Vitali Klitschko, juntou-se aos manifestantes e pediu que se mantivesse a pressão contra o regime do presidente Viktor Ianukovitch até à cimeira da Parceria Oriental da UE, na quinta e sexta-feira, durante a qual estava prevista inicialmente a assinatura do acordo de associação entre a Ucrânia e os 27.
"Vamos continuar a manifestação até que o acordo 1/8de associação com a UE 3/8 seja assinado", disse Klitschko aos manifestantes.
"Vamos exigir a anulação da decisão do governo e exigir a demissão", acrescentou.
Na semana passada, o governo ucraniano decidiu inesperadamente renunciar à assinatura deste acordo histórico entre esta antiga república soviética e a UE. A oposição acusou o governo de ter cedido à pressão de Moscovo, que tinha claramente advertido Kiev das consequências comerciais de um acordo com a UE.
Depois de ter organizado uma manifestação, que no domingo concentrou dezenas de milhares de manifestantes na praça da Independência, no centro de Kiev - na que foi a maior concentração desde a "revolução laranja" pró-ocidental em 2004 -, a oposição pediu um novo protesto, no mesmo local, a partir das 14:00 TMG (mesma hora em Lisboa).