Em Washington, Malala, de 16 anos, abordou o ataque de que foi alvo e frisou que os talibãs não a escutaram. "Matem-me, mas antes de me matarem, oiçam-me!", implorou Malala, presente hoje num debate público com o presidente do Banco Mundial (BM), Jim Yong Kim, à margem das reuniões de outono do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do BM.
A paquistanesa voltou a apelar à comunidade internacional para eleger a Educação como a prioridade absoluta, referindo que tem uma única razão de vida: "O direito à educação de cada criança."
Malala referiu que as organizações internacionais devem "fazer da Educação a sua prioridade número um" e o BM deu um primeiro passo hoje, anunciando um donativo de 200 milhões de dólares (cerca de 148 milhões de euros) para o Fundo Malala, criado pela jovem paquistanesa com vista a assegurar a Educação a raparigas em todo o mundo. Incluída na lista de candidatos ao Nobel da Paz, Malala referiu-se à distinção atribuída à Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ).
Num comunicado, a paquistanesa disse que o prémio Nobel da Paz entregue à OPAQ é uma recompensa "merecida". "A OPAQ é uma importante organização que trabalha no terreno para ajudar a erradicar as armas químicas", disse.
Malala, distinguida na quinta-feira com o prémio Sakharov sobreviveu a um ataque dos talibãs a 09 de outubro de 2012, em Mingora, no Paquistão, onde insurgentes impuseram a sua versão da lei islâmica entre 2007 e 2009.
A paquistanesa tornou-se numa militante ativa a favor da Educação e contra o extremismo religioso, tendo-se exprimido na tribuna das Nações Unidas, em Nova Iorque.
Lusa