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Alemanha pronta para ajudar na destruição das armas químicas sírias

A Alemanha "está pronta para fornecer  uma ajuda financeira e técnica" para destruir as armas químicas sírias,  declarou hoje em Nova Iorque, o ministro dos Negócios Estrangeiros alemão,  Guido Westerwelle. 

© Adam Hunger / Reuters

 "Estas armas devem ser totalmente destruídas segundo um calendário rigoroso",  afirmou o chefe da diplomacia alemã, a partir da tribuna da Assembleia-geral  da ONU, sem especificar a natureza, nem o montante, da ajuda disponibilizada  pelas autoridades de Berlim.  

"O uso de armas químicas é um crime contra a civilização (...) e deve  ser punido", reforçou Guido Westerwelle. 

Congratulando-se com a resolução aprovada na sexta-feira pelo Conselho  de Segurança da ONU, que força o regime de Damasco a destruir cerca de 1.000  toneladas de armas químicas em menos de um ano, o ministro alemão frisou  que os sírios "vão continuar a ser mortos diariamente por armas convencionais".

 Westerwelle apelou para uma "solução política" e saudou o anúncio das  Nações Unidas sobre a possível convocação, em novembro, de uma conferência  de paz "cujos pormenores ainda precisam de ser clarificados". 

"Esta semana em Nova Iorque tem sido encorajadora", resumiu Westerwelle,  que considerou que um "novo começo" foi igualmente alcançado na relação  entre o Irão e o Ocidente.  

As negociações em Nova Iorque com o novo Presidente iraniano, Hassan  Rohani, e o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Mohammad Javad  Zarif, "foram encorajadoras", adiantou o ministro alemão, salientando no  entanto ser necessário "reconstruir a confiança". 

"O Irão deve tirar todas as dúvidas da comunidade internacional sobre  a natureza exclusivamente pacífica do seu programa nuclear", afirmou. 

A Alemanha faz parte do grupo "5+1" (que integra também os cinco membros  permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas: Estados Unidos,  Rússia, China, França e Reino Unido), participando nas negociações regulares  com Teerão sobre o dossiê nuclear. 

"A Alemanha está disponível para conduzir as negociações de forma construtiva,  mas a nova retórica proveniente de Teerão deve ser posta em prática (...)  a partir de agora ", sublinhou. 

A comunidade ocidental suspeita da natureza do programa nuclear iraniano,  afirmando que Teerão tem ambições bélicas e pretende adquirir armas atómicas.  O regime iraniano sempre recusou tais acusações.

Lusa 

 

     

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