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Vacina contra a malária mais perto após investigação australiana

Investigadores australianos garantiram hoje estarem perto de descobrir uma vacina contra a malária, com uma investigação que demonstra que o tratamento protegeu ratos contra várias estirpes da doença.

© Jim Young / Reuters

Michael Good, da Universidade de Griffith, Queensland, disse que a vacina  levou a que os glóbulos brancos atacassem o parasita da malária, potencialmente  mortal e que vive nos glóbulos vermelhos. 

"Uma única toma induziu imunidade a várias espécies de parasitas da  malária", refere o estudo, publicado hoje no Journal of Clinical Investigation,  e citado pela agência France Presse. 

O investigador explicou que a pesquisa da equipa focava-se em induzir  os glóbulos brancos a atacarem o parasita, qualquer que fosse a estirpe  da doença. 

"Os glóbulos brancos, quando induzidos a matarem a malária, conseguem  reconhecer as proteínas que há no parasita, mesmo as internas", afirmou.

De acordo com Michael Good, o aspeto inovador desta investigação está  no facto de os investigadores "terem conseguido induzir uma resposta imune,  que é capaz de reconhecer no parasita moléculas que existem em todas as  estirpes". 

Esta vacina deverá, segundo o investigador, ser barata e de fácil fabricação,  o que significa que, caso seja aplicável em humanos, poderá ter um impacto  forte nos países pobres, onde a malária mata milhares de pessoas por ano.

"Mas não queremos pôr o carro à frente dos bois. Primeiro, e mais do  que tudo, queremos demonstrar que a vacina é eficaz em humanos", referiu.

Estima-se que, em 2012, 219 milhões de pessoas foram infetadas com malária  e que 600 mil morreram devido a esta doença, sendo a maioria crianças africanas  com menos de cinco anos, de acordo com dados revelados em dezembro pela  Organização Mundial de Saúde.

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