"A 9 de junho (2011), quando soube da notícia (da doença), ficámos sozinhos no quarto. Os médicos estavam prontos para tratar da operação, a qual ocorreu finalmente no dia 11. E ele disse-nos: "Vai ser pior do aquilo que vocês pensam e do que dizem os médicos. Um dia, vocês vão lembrar-se daquilo que vos disse", contou Nicolás Maduro.
Hugo Chávez deu a conhecer a sua "intuição" também ao ministro do Petróleo, Rafael Ramirez, segundo contou Maduro.
Em dezembro, pouco antes de ser operado, pela última vez, em Havana, a "sua intuição dizia-lhe que não sobreviveria", sentindo que "poderia não ter forças suficientes para sair da própria cirurgia", relatou, em declarações proferidas na Assembleia Nacional (parlamento).
Na perspetiva de Maduro, tratou-se de "uma doença muito estranha pela rapidez com que se desenvolveu e por outras razões que um dia serão cientificamente explicadas".
As autoridades venezuelanas guardam até hoje em segredo informações mais concretas sobre o cancro situado na zona pélvica de que sofria Hugo Chávez, que morreu, aos 58 anos, na terça-feira.
Hugo Chávez morreu na terça-feira, quase três meses depois de ter sido operado pela quarta vez a um cancro, a 11 de dezembro de 2012, em Havana, e quase cinco meses depois de ter sido reeleito para o seu terceiro mandato, em 07 de outubro.
Lusa