Hugo Chavez

Maduro solicita convocação "imediata" de eleições na Venezuela

O Presidente interino da Venezuela, Nicólas  Maduro, pediu, esta sexta-feira, ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE) a  convocação "imediata" de eleições presidenciais, durante o discurso de investidura  na Assembleia Nacional (parlamento). 

© Jorge Silva / Reuters

"Pedi oficialmente à presidente" do CNE, Tibisay Lucena, para "convocar  de imediato as eleições presidenciais", a realizar dentro de 30 dias, de  acordo com a Constituição na sequência da morte do Presidente, Hugo Chávez,  anunciou Nicólas Maduro, na cerimónia de tomada de posse, transmitida pela  televisão. 

"Fazemos em primeiro lugar, um apelo para que o CNE, no uso das suas  atribuições, avalie, tome a decisão, porque nós, no dia em que as convocar,  estaremos prontos", afirmou. "Vença quem tem de vencer, o povo que decida",  realçou, apontando que confia no sistema de votação da Venezuela.  

Maduro, que pediu ainda que as eleições se realizem "de forma democrática",  desafiou a oposição a "apresentar a sua candidatura". 

A aliança da oposição Mesa da Unidade Democrática (MUD) ainda não nomeou,  pelo menos oficialmente, o seu representante às presidenciais, apesar de  o antigo candidato presidencial e governador do Estado de Miranda, Henrique  Capriles, ser apontado como favorito. 

"Tivemos a informação em primeira mão de que há problemas, fortes tensões  no seio da oposição e corre o rumor, oxalá não seja assim, relativamente  à possibilidade de não apresentarem uma candidatura" às eleições, afirmou  Maduro, realçando que tal seria um "grave erro". 

Hugo Chávez morreu na terça-feira, em Caracas, quase três meses depois  de ter sido operado pela quarta vez a um cancro, a 11 de dezembro de 2012,  em Havana, e quase cinco meses depois de ter sido reeleito para o seu terceiro  mandato, em 7 de outubro. 

Chávez, que morreu com 58 anos, regressou à Venezuela em 18 de fevereiro,  ficou internado no Hospital Militar de Caracas e não chegou a tomar posse  como Presidente, ficando o lugar assegurado pelo seu vice-presidente, Nicolás  Maduro, numa decisão autorizada pela Justiça venezuelana apesar dos protestos  da oposição. 

Lusa

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