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Último adeus a Kim Jong-il leva milhares às ruas 

Milhares de norte-coreanos saíram hoje para as ruas da Pyongyang, com as lágrimas no rosto, para prestarem a derradeira  homenagem a Kim Jong-il. 

O cortejo com o caixão de vidro em que repousam os restos mortais do  antigo líder, que partiu do Palácio Memorial de Kumsusan, foi acompanhado  de perto pela cúpula norte-coreana, com o filho do antigo líder e seu sucessor,  Kim Jong-un, a comandar a marcha lenta pela capital pintada de branco pela  neve, com uma mão no peito e outra em riste em jeito de saudação. 

Ao longo do percurso de cerca de 40 quilómetros, o cortejo atraiu milhares  de norte-coreanos, mas os relatos de várias agências internacionais divergem  quanto ao número - umas falam em dezenas de milhares e outras em centenas  de milhares. 

Ao lado da limusina em que seguia o caixão envolvido na bandeira encarnada  do Partido dos Trabalhadores e atrás do "querido sucessor" seguia Jang Song  Thaek, cunhado de Kim Jong-il, considerado o "braço direito" do antigo líder  do regime comunista que se espera que venha a desempenhar um importante  papel ajudando o sobrinho a assumir o poder.  

Depois do funeral o jovem Kim, com idade inferior a 30 anos, deve cimentar  a sua posição na liderança da forte força militar, composta por 1,2 milhões  de efetivos, e tornar-se secretário do Partido dos Trabalhadores e ainda  presidente da Comissão Militar Central. 

Os outros filhos de Kim Jong-il - Kim Jong Nam e Kim Jong Chol - não  foram vistos. 

As cerimónias só ficam completas na quinta-feira, estando prevista para  o meio-dia uma homenagem a nível nacional e o cumprimento de três minutos  de silêncio, sendo que, posteriormente, todos os barcos e comboios do país  devem fazer soar as suas sirenes em jeito de tributo ao mesmo tempo. 

Kim Jong-il, de 69 anos, morreu no dia 17 de Dezembro na sequência de um ataque cardíaco, segundo a versão oficial. 

Com Lusa

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