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Oito portugueses embarcam na cidade líbia de Misurata em navio fretado por empresa italiana

Oito cidadãos portugueses que estavam em Misurata, terceira cidade líbia, vão abandonar o país num navio fretado pela empresa italiana onde trabalhavam, disse hoje à Lusa fonte do gabinete do secretário de Estado das Comunidades.

"Oito portugueses, que estavam em Misurata (a cerca de 200 quilómetros de Tripoli) e que trabalhavam para a empresa italiana Tecnomontagge, estão a embarcar num navio fretado por essa empresa para abandonar a Líbia", precisou a mesma fonte.



O navio que transporta os cidadãos nacionais deverá zarpar em direção a Itália.



Questionado sobre se ainda há mais portugueses em território líbio, a fonte do gabinete do secretário de Estado das Comunidades disse: "Não se pode garantir que não haja mais (portugueses no país) porque estão sempre a aparecer alguns que não se sabia que lá estavam".



Por outro lado, os 56 portugueses que estiveram retidos durante vários dias na cidade líbia de Benghazi já estão a bordo do "ferry" grego que os vai retirar da Líbia.



"Os portugueses estão todos a bordo. A previsão é de que o navio deva zarpar dentro de três ou quatro horas", afirmou a fonte do gabinete de António Braga.



No entanto, a fonte ressalvou que "devido ao temporal que está a afetar a região as operações possam atrasar-se".



O mau tempo atrasou também o início da operação de retirada dos cidadãos, uma vez que o "ferry" já está ao largo de Benghazi desde quinta-feira mas não conseguia atracar devido à forte ondulação.



O "ferry" foi fretado pela construtora brasileira Queiroz Galvão para retirar os seus funcionários em Benghazi, e tem como destino o porto de Pireu, em Atenas, viagem que leva 17 horas em condições atmosféricas normais.



Além dos portugueses, embarcaram no navio 160 brasileiros e cinco irlandeses que não têm qualquer ligação à empresa, mas vão aproveitar a oportunidade para sair de Benghazi, indicou o diretor da construtora na Líbia, Marcos Jordão.



Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

Lusa

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