Meteorologia

Onda de calor na Europa: especialistas alertam para aumento de ataques cardíacos

As Nações Unidas avisam que o pior está longe de ter passado e que a onda de calor que atinge a Europa ainda pode intensificar-se ao longo da próxima semana.

SIC Notícias

O mundo deve preparar-se para ondas de calor mais intensas e, consequentemente, para o aumento do número de ataques cardíacos perante as altas temperaturas, alertam as Nações Unidas. Muitos turistas na Europa já admitem nunca mais voltar no verão, devido ao calor que se tem feito sentir. Roma, por exemplo, bateu esta terça-feira o recorde máximo de temperatura, chegando quase aos 42º C.

Perante um calor que não permite desfrutar de uma viagem que era suposto ser de sonho nas férias, o que dá vontade? Para alguns turistas que se encontram em Madrid, em Espanha, pelo menos, a de no próximo ano pensar duas vezes antes de marcar a Europa como destino de verão.

Turistas queixam-se das altas temperaturas na Europa

O que se passa na capital espanhola, repete-se em Roma, em Itália. Vários visitantes garantem que o calor que se faz sentir na cidade italiana é difícil de suportar e não permite aproveitar a viagem a 100%.

Esta é uma realidade que se manterá daqui em diante, e a tendência é que piore.

“Assim, estamos a assistir a um aumento contínuo da frequência, duração e intensidade das ondas de calor. Este facto é inteiramente coerente com os sinais de aquecimento global e com os relatórios do IPCC - Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas -. Estes fenómenos continuarão a aumentar de intensidade e o mundo precisa de se preparar para ondas de calor mais intensas”, alerta John Nairn, especialista da ONU em clima.

Os perigos das temperaturas noturnas elevadas

Cada vez que o calor sobe no termómetro, sobe igualmente o risco ao enfrentá-lo, especialmente na hora de dormir. O especialista diz que as temperaturas noturnas elevadas são particularmente perigosas para a saúde humana “porque o corpo não consegue recuperar do calor constante”, o que pode conduzir a "um aumento dos casos de ataques cardíacos e de morte".

As Nações Unidas avisam que o pior está longe de ter passado e que a onda de calor que atinge a Europa, a partir do norte de África, ainda pode intensificar-se ao longo da próxima semana.

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