Diferentes países do mundo estão a enfrentar ondas de calor e tempestades fora do normal neste verão. Os especialistas dizem que estes fenómenos extremos são fruto das alterações climáticas e estão a tornar-se cada vez mais frequentes.
Mais de 800 incêndios, 600 dos quais fora do controlo, continuam a destruir a paisagem florestal canadiana, naquele que é o pior ano de sempre, marcado por secas prolongadas e temperaturas anormalmente acima da média.
Alguns Estados dos EUA estão em constante alerta
Os efeitos dos fogos são sentidos a milhares de quilómetros de distância, nos Estados Unidos, onde, a braços com os próprios incêndios, uma onda de calor varre todo o sul do país. Na turística Florida, as autoridades estão a emitir alertas há 14 dias consecutivos.
No Estado do Arizona quebrou-se a marca de 18 dias seguidos com temperaturas superiores a 43ºC. A população mais vulnerável, como aquela em situação de sem abrigo, corre risco de vida.
Cisjordânia e Faixa e Gaza e Síria também sofrem com as altas temperaturas
Com temperaturas a rondar os 40ºC, a população de Jericó, na Cisjordânia, encontrou soluções como um canal de irrigação para contornar a falta de infraestruturas na Palestina. Menos sorte têm as famílias confinadas na faixa de Gaza, sujeitas a cortes de energia constantes.
A situação está a criar uma crise de saúde pública, sobretudo, para a população mais idosa e com menos posses, sem condições para recorrer às praias da região.
A 150 quilómetros das costas do Mediterrâneo, na capital da Síria, a população tenta refrescar as casa com água e cubos de gelo. Esta é uma técnica alternativa adotada por muitos sírios.
Japão e China também estão a ser afetados
A rede energética do Japão tenta resistir à sobrecarga, no momento em que 200 cidades do arquipélago estão com os valores de temperaturas mais elevados alguma vez registados.
Na China, há vários dias que vastas regiões do país estão acima dos 37ºC. As autoridades disponibilizaram repartições públicas equipadas com ar condicionado para funcionarem como abrigos contra o calor. A Agência das Nações Unidas confirma que “estes fenómenos continuarão a aumentar de intensidade e o mundo precisa de se preparar para ondas de calor mais intensas”.