Janela de Esperança

Tecnologia de ponta permite descoberta reveladora em Foz Côa

O estudo foi financiado com 150 mil euros pela Fundação BPI La Caixa e permitiu ao projeto contar com a presença de geofísicos, arqueólogos, geólogos e outros técnicos.

SIC Notícias

Uma equipa multidisciplinar de físicos, arqueólogos e geólogos está em missão entre o Vale do Côa e Siega Verde, em Espanha. Possuem tecnologia de ponta para estudar e intervir na preservação das gravuras.

Em 2019 a Fundação Côa Parque apostou na investigação de forma intensiva, com o objetivo de estudar as gravuras e todos os vestígios do período paleolítico presentes na região. Atualmente, o então intitulado projeto World Murph possui tecnologia de ponta que permite aos investigadores analisarem e estudarem com precisão as rochas e o território.

O estudo foi financiado com 150 mil euros pela Fundação BPI La Caixa e permitiu ao projeto contar com a presença de geofísicos, arqueólogos, geólogos e outros técnicos. Estes investigadores tratam, entre várias tarefas, de identificar, com recurso a um radar, potenciais pontos de escavação entre Foz Côa e Siega Verde.

Outros dos trabalhos em foco dos responsáveis pelo projeto é perceber em que condições se encontram as rochas e de que forma as alterações climáticas e as ações do vento, da chuva, do frio e do calor afetam as gravuras nelas presentes.

Depois de recolhido o material e os dados necessários do terreno, é no laboratório que se encontra no Museu do Côa que o estude prossegue. Recentemente foi descoberta uma amostra de pirolusite, que indica uma maior mobilidade da população do paleolítico face ao que se acreditava.

O estudo vai continuar nos próximos dois anos e, até lá, a equipa de investigação tem de ficar sediada em Foz Côa. Foi aliás um dos critérios para a atribuição de financiamento ao interior do país que é o centro do mundo paleolítico.


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