Violência em Moçambique

Situação acalma em Moçambique, mas preparam-se os apitos para novas manifestações

Moçambique amanheceu mais tranquilo depois da última ronda de três dias de protestos convocados pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane. Está prevista uma nova ronda de contestação social na próxima quarta-feira.

SIC Notícias

O apito da contestação junta-se à lista de artigos que os vendedores ambulantes trazem para o mercado do Chamanculo, na periferia de Maputo. Quase sete euros em vendas de apitos. Uma arma de protesto sonoro eleita pelo candidato presendial Venâncio Mondlane, que apelou também ao abandono dos carros nas ruas.

Mais do que carros eram as pedras que estavam em todos os caminhos de saída da capital. Na avenida Joaquim Chissano, que atravessa a cidade, o comandante da força policial tentava a negociação para devolver a circulação a uma das principais artérias de Maputo.

Os confrontos surgidos da contestação ao ato eleitoral de 9 de outubro, que mantém no poder a Frelimo há 50 anos desde a independência. Já terão provocado 70 mortos e mais de 200 feridos, segundo a organização não-governamental moçambicana Plataforma Eleitoral Decide.

A Ordem dos advogados apresentou queixa-crime contra os militares que atropelaram uma jovem em Maputo e três outras pessoas baleadas na província de Nampula.

Entretanto, os apitos e as partidas de futebol, as pedras e os carros deverão voltar a cortar estradas a partir da próxima quarta-feira.

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