A vacinação em Portugal e no Mundo

OMS considera que é altura para debater obrigatoridade da vacina contra a covid-19

Europa pode vir a ter mais de meio milhão de mortes na primavera de 2022 se não forem tomadas medidas urgentes em breve.

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SIC Notícias

O diretor executivo da Organização Mundial da Saúde para a Europa considera que chegou a hora de discutir a obrigatoriedade da vacinação contra a covid-19.

Numa entrevista esta manhã à Sky News, Robb Butler disse estar muito preocupado com a propagação da doença na Europa e alertou que o continente pode vir a ter mais de meio milhão de mortes na primavera de 2022 se não forem tomadas medidas urgentes em breve.

“A vacinação obrigatória pode, mas nem sempre aumenta a aceitação. A História mostrou que a obrigação custou a confiança e a inclusão social. Por isso é [um assunto] muito delicado, mas acreditamos que é hora de ter essa conversa, do ponto de vista individual e populacional. É um debate saudável de se ter."

Os casos de coronavírus aumentaram 11% na Europa na semana passada, a única região do mundo onde a covid-19 continuou a aumentar desde meados de outubro.

Na avaliação semanal da pandemia, a agência de saúde da ONU disse que os casos e mortes em todo o mundo aumentaram cerca de 6%, com cerca de 3,6 milhões de novas infeções e 51.000 novas mortes relatadas na semana anterior.

Variante Delta é predominante a nível mundial

O diretor regional da OMS na Europa disse também que a variante delta, mais fácil de se disseminar, continua a a ser a variante predominante do covid-19 a nível global.

Das mais de 840.000 sequências genéticas do vírus estudadas no maior banco de dados do SARS-Cov-2 publicamente disponível cerca de 99,8% eram da variante delta na semana passada.

Mais de 5,1 milhões de mortos no mundo

A pandemia provocada pelo novo coronavírus já fez pelo menos 5.165.289 mortos em todo o mundo desde que foi notificado o primeiro caso na China no final de 2019, segundo o balanço diário da agência France-Press.

Mais de 258.299.880 pessoas foram infetadas pelo novo coronavírus em todo o mundo no mesmo período e até às 11:00 de hoje, indicou a AFP.

Na terça-feira, registaram-se 8.499 mortes e 763.521 novas infeções, segundo os números coligidos e divulgados pela agência.

Os países que registaram mais mortes nas últimas 24 horas foram a Rússia (1.240), os Estados Unidos (1.183) e a Ucrânia (595).

Os Estados Unidos continuam a ser o país mais afetado, tanto em número de mortes como de infeções, com um total de 773.867 mortes e 47.982.843 casos, segundo os dados da Universidade Johns Hopkins.

Depois dos Estados Unidos, os países mais afetados são o Brasil com 613.066 mortes e 22.030.182 casos, a Índia com 466.584 mortes (34.535.763 casos), o México com 292.850 mortes (3.867.976 casos) e a Rússia com 267.819 mortos (9.434.393 casos).

Entre os países mais atingidos, o Peru é o que apresenta o maior número de mortes em relação à sua população, com 609 mortes por 100.000 habitantes, seguido pela Bulgária (396), Bósnia (376), Montenegro (360), Macedónia do Norte (358), Hungria (345) e República Checa (303).

Em termos de regiões do mundo, América Latina e as Caraíbas tiveram um total de 1.536.155 mortes para 46.506.386 casos, Europa 1.495.319 mortes (81.955.159 casos), Ásia 891.837 mortes (56.932.896 casos), Estados Unidos e Canadá 803.394 mortes (49.754.305 casos), África 221.868 mortes (8.610.351 casos), Médio Oriente 213.466 mortes (14.241.215 casos) e Oceânia 3.250 mortes (299.572 casos).

O balanço foi feito com base em dados obtidos pela AFP junto das autoridades nacionais e informações da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Devido a correções feitas pelas autoridades e a notificações tardias, o aumento dos números diários pode não corresponder exatamente à diferença em relação aos dados avançados na véspera.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.

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