Tribeca Festival

Tribeca Festival: Robert De Niro e Jane Rosenthal trouxeram para Lisboa o sonho que começou em Nova Iorque

Para além dos filmes e das mais de 10 horas de conversas divididas em dezenas de painéis e gravações de podcasts, a presença de personalidades como Robert De Niro no Beato é um dos grandes destaques no Festival Tribeca Lisboa. O ator norte-americano e a produtora Jane Rosenthal são os fundadores do festival e conversaram com a SIC sobre a experiência que os trouxe a Lisboa.

André Pacheco

Edgar Ascensão

Pedro Carpinteiro

Rui Félix

Já lá vão mais de duas décadas desde que Robert De Niro e Jane Rosenthal juntaram esforços para criar um festival de cinema diferente. O Tribeca Festival foi mudando com o tempo, mas para além da exibição de filmes, a partilha de ideias de alguns dos maiores protagonistas da indústria, com o público, manteve-se um ideal que chega a Lisboa pela primeira vez.

"É bom partilhar estas histórias e as pessoas têm perguntas que não pensaríamos. Não sabemos que perguntas vão fazer-nos. É uma boa forma de trocar informações, ideias, etc", conta Robert De Niro à SIC.
"Quando vemos a evolução do festival e a evolução desta indústria em termos de tecnologia... Quando fundámos o festival não havia iPhones e ainda recebíamos candidaturas em latas de películas. Eu diria que mudámos, não só com os tempos, mas com os tipos de público e com a forma como o público encontra e procura histórias", acrescenta Jane Rosenthal.

Uma ideia que deu um sentido diferente ao festival de cinema, que nasceu de forma espontânea em 2001, para dar força a um dos bairros mais afetados pelo ataque terrorista, em Nova Iorque, a 11 de setembro.

22 anos depois, o espírito de Tribeca está vivo, mas numa cidade diferente. Em Lisboa, Robert De Niro reflete sobre um tempo de incertezas. O ator norte-americano é um dos maiores críticos de Donald Trump e viver fora dos Estados Unidos até podia ser uma solução, mas haveria sempre um entrave.

"Se eu viesse para cá e Donald Trump fosse eleito, tentariam vir atrás de mim. Tentariam intimidar este país para me enviar de volta, hipoteticamente. E é isso que mais odeio, a intimidação, porque é isso que define Donald Trump. Intimida e faz ameaças veladas às pessoas", defende.

Uma ideia há muito repetida pelo ator com mais de seis décadas de carreira.

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