Já lá vão mais de duas décadas desde que Robert De Niro e Jane Rosenthal juntaram esforços para criar um festival de cinema diferente. O Tribeca Festival foi mudando com o tempo, mas para além da exibição de filmes, a partilha de ideias de alguns dos maiores protagonistas da indústria, com o público, manteve-se um ideal que chega a Lisboa pela primeira vez.
"É bom partilhar estas histórias e as pessoas têm perguntas que não pensaríamos. Não sabemos que perguntas vão fazer-nos. É uma boa forma de trocar informações, ideias, etc", conta Robert De Niro à SIC.
"Quando vemos a evolução do festival e a evolução desta indústria em termos de tecnologia... Quando fundámos o festival não havia iPhones e ainda recebíamos candidaturas em latas de películas. Eu diria que mudámos, não só com os tempos, mas com os tipos de público e com a forma como o público encontra e procura histórias", acrescenta Jane Rosenthal.
Uma ideia que deu um sentido diferente ao festival de cinema, que nasceu de forma espontânea em 2001, para dar força a um dos bairros mais afetados pelo ataque terrorista, em Nova Iorque, a 11 de setembro.
22 anos depois, o espírito de Tribeca está vivo, mas numa cidade diferente. Em Lisboa, Robert De Niro reflete sobre um tempo de incertezas. O ator norte-americano é um dos maiores críticos de Donald Trump e viver fora dos Estados Unidos até podia ser uma solução, mas haveria sempre um entrave.
"Se eu viesse para cá e Donald Trump fosse eleito, tentariam vir atrás de mim. Tentariam intimidar este país para me enviar de volta, hipoteticamente. E é isso que mais odeio, a intimidação, porque é isso que define Donald Trump. Intimida e faz ameaças veladas às pessoas", defende.
Uma ideia há muito repetida pelo ator com mais de seis décadas de carreira.