A ministra da Coesão lamentou esta manhã que o Governo tenha passado a ideia de que esqueceu as vítimas de Pedrógão Grande.
“Lamento muito se, de alguma forma, provocámos algum sentimento de abandono às vítimas e às famílias das vítimas”, afirmou Ana Abrunhosa, explicando que não houve “uma cerimónia formal”.
A governante deixou “palavras sentidas de desculpa”. “Nós fizemo-lo com a melhor das intenções, deixámos o dia para um dia de reserva, para as famílias”, sublinhou.
Ontem assinalaram-se 6 anos sobre os incêndios de 2017 que mataram 66 pessoas. Foi inaugurado um memorial e os familiares das vítimas fizeram uma cerimónia de homenagem, mas nenhum membro do Governo nem o Presidente da República estiveram presentes.
Foi um dos momentos mais simbólicos do dia em que os familiares das vítimas dos incêndios de Pedrógão depositaram uma coroa no monumento em homenagem as vítimas.
Mas, na homenagem, não estava nem o Presidente da República nem ninguém do Governo . Esta manhã, coube à ministra da Coesão dar a cara pela decisão do Executivo.
Ana Abrunhosa diz que o Governo não esteve presente de forma consciente, mas pediu desculpa.
"Jamais esqueceremos".... uma ideia que a ministra da coesão repetiu 6 vezes ao longo de um curta entrevista em Castelo Branco e em que aproveitou para responder as críticas do PSD que acusa o Governo de estar a governamentalizar o fundo criado para apoiar as pessoas e reabilitar as áreas afetadas pelos incêndios.
Os incêndios de 17 de junho de 2017 em Pedrógão Grande, provocaram a morte de 66 pessoas, além de ferimentos noutras 253. Os fogos destruíram cerca 500 casas e 50 empresas.