Em declarações aos jornalistas, a meio do Conselho Nacional do partido que decorre em Lisboa, Luís Montenegro afirmou que o fio do condutor da reunião tem sido a análise da "postura de um Governo que demonstra não ter sentido de Estado e está a desbaratar a autoridade do Estado".
De acordo com fonte do PSD, o presidente do partido, Pedro Passos Coelho, dedicou parte da sua intervenção inicial na reunião, que decorre à porta fechada, à questão dos recentes incêndios da região Centro, que provocaram 64 mortos, dizendo que o Governo agiu nesta matéria como "baratas tontas", com vários serviços a contradizerem-se entre si.
A este propósito, Passos Coelho criticou igualmente as recentes mudanças na estrutura de coordenação na Proteção Civil e abordou também algumas queixas de dívidas aos bombeiros.
Questionado pelos jornalistas, Luís Montenegro afirmou que a recente declaração de Passos Coelho sobre a existência de suicídios em consequência dos incêndios - uma informação que não se veio a confirmar e pela qual o líder do PSD pediu desculpa - não foi abordada, até agora, no Conselho Nacional.
"Mas a referência que o senhor jornalista faz permite-me dizer de forma muito clara: que diferente que é a forma de estar e a forma de abordar as questões entre o atual e o anterior primeiro-ministro", disse.
No início do Conselho Nacional, órgão máximo do partido entre Congressos, foi respeitado um minuto de silêncio pelas vítimas do incêndio que deflagrou a 17 de junho, em Pedrógão Grande, e pela morte dos ex-ministros do partido Miguel Beleza e Carlos Macedo.
Com Lusa