Tragédia em Pedrógão Grande

Quando a água não chega, combate-se fogo com fogo 

Bombeiros especialistas da Andaluzia que chegaram ao incêndio que começou sábado em Góis andaram de archote na mão lançando fogo para tentar impedir a sua progressão.

TIAGO PETINGA

Quando a água não chega, combate-se o fogo com fogo e os espanhóis queimaram de forma controlada para criar zonas tampão na estrada nacional 112, já no concelho de Pampilhosa da Serra, distrito de Coimbra.


A técnica de queima controlada permite, aproveitando a estrada, criar uma faixa alargada por onde o incêndio não possa espalhar-se, disse à Lusa o bombeiro Salvador Benitez.


"Não estamos acostumados a fogos tão grandes, mas é uma coisa que pode acontecer em qualquer lado", afirmou, acrescentando que é a primeira tarefa que desempenham integrados no dispositivo de combate mobilizado para o incêndio que deflagrou no sábado.


As autoridades portuguesas esperam que com ações deste tipo se consiga controlar brevemente a frente da Pampilhosa da Serra.


Com o aproximar da noite, nevoeiro denso vai caindo por algumas das encostas da Serra da Lousã devastadas pelo fogo nos últimos dias.
Ao longo da tarde, sucederam-se os reacendimentos do incêndio que continuava ao início da noite com frentes ativas em Góis e Arganil.
O terreno acidentado e a área geográfica do incêndio são obstáculos à eficácia do combate ao fogo, obrigando a deslocações demoradas por terreno difícil.

Lusa

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