Tensão EUA-Irão

Alemanha condena ataque do Irão contra bases no Iraque

O governo alemão retirou, temporariamente, parte das suas tropas do Iraque.

Annegret Kram-Karrenbauer, ministra da Defesa alemã.
Hannibal Hanschke

Lusa

A Alemanha condena de forma "firme" a agressão do Irão que disparou mísseis contra bases em território iraquiano onde se encontram estacionadas forças norte-americanas, indicou hoje a ministra da Defesa do governo de Berlim.

"Agora é decisivo não deixarmos esta espiral crescer ainda mais", disse Annegret Kram-Karrenbauer à estação de televisão pública alemã ARD.

A ministra alemã sublinhou que "antes de mais é preciso que os iranianos não provoquem uma nova escalada".

Na terça-feira, o governo alemão decidiu transferir temporariamente parte das tropas que mantém no Iraque para bases na Jordânia e no Kuwait, por motivos de segurança.

As forças alemãs integram a coligação internacional, comandada pelos Estados Unidos, que se encontra no Iraque e que tem como missão combater o grupo radical Estado Islâmico.

De acordo com a revista Der Spiegel, 32 soldados alemães foram transferidos na terça-feira para a Jordânia.

A Alemanha participa na coligação internacional com 415 soldados.

Entretanto, Ali Khamenei, guia supremo da República Islâmica do Irão disse hoje que os disparos efetuados durante a noite contra os soldados norte-americanos que se encontravam nas bases do Iraque "foram uma bofetada em cheio" nos Estados Unidos.

"Na noite passada, foi dada uma bofetada em cheio" em todos os norte-americanos disse o aiatola Ali Khamenei durante um discurso transmitido hoje pela televisão iraniana.

O líder do Irão apelou à vingança pela morte do general Qassem Soleimani, vítima de um ataque norte-americano em Bagdade no passado dia 03 de janeiro.

O comando militar do Iraque anunciou hoje que 22 mísseis atingiram o território do Iraque mas que não há vítimas entre as forças do Iraque.

"Entre as 01:45 e as 02:15 (22:45 e 23:15 de terça-feira) o Iraque foi bombardeado por 22 mísseis sendo que 17 foram contra a base aérea de Ain al-Assad e cinco contra a cidade de Erbil", indica o comunicado iraquiano.

Nos Estados Unidos, o Pentágono confirmou os disparos admitindo ser possível que se tratou de um ato de retaliação pela morte de Soleimani.

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