TAP: o futuro e as polémicas

TAP: injeção de milhões de euros dos contribuintes foi "anormal" no espaço europeu

Sérgio Monteiro, que já esteve com a pasta das Infraestruturas na altura de Passos Coelho, confessou que havia mais e melhores alternativas para a subsistência da TAP.

SIC Notícias

O antigo secretário de Estado das Infraestruturas do Governo de Passos Coelho, Sérgio Monteiro, diz que havia melhor solução para os contribuintes do que a injeção de três mil e 200 milhões para a TAP. Esta quinta-feira à tarde, na Comissão de Inquérito à gestão da companhia deixou críticas ao Governo socialista.

“A TAP custa-nos hoje mais de 200 mil euros por dia, todos os dias que passam, só em juros do dinheiro que nós injetamos. Havia alternativa? Claro que havia. Garantias estatais com contragarantias adequadas no limite de uma participação de capital, tudo aprovado pela Comissão Europeia, mantendo o acionista da indústria no capital e sobretudo não ilibando das suas responsabilidades, como todos os outros Estados Membros fizeram”, explicou Monteiro.

Da mesma forma, o antigo secretário de Estado esclareceu que o que Portugal fez foi “anormal” e “único” no espaço europeu, ao ter pago “a um acionista privado para ele se livrar do problema que tinha”, ficando o problema para os contribuintes.

Enquanto secretário de Estado das Infraestruturas, Transportes e Comunicações, no Governo de Passos Coelho, Sérgio Monteiro foi um dos intervenientes na privatização da companhia aérea, em 2015.

Sérgio Monteiro integrou o Governo PSD/CDS-PP liderado por Pedro Passos Coelho em 2011, assumindo a pasta das Infraestruturas, Transportes e Comunicações e esteve envolvido no pacote de privatizações que incluiu a venda de 61% do capital da TAP à Atlantic Gateway, de David Neeleman e Humberto Pedrosa, mas também de 21,35% da EDP à China Three Gorges e de 40% da REN à State Grid of China e à Oman Oil.

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