Vai ser uma semana movimentada na comissão de inquério à TAP. O ministro João Galamba, o adjunto demitido e a chefe de gabinete vão ser ouvidos no Parlamento.
Os deputados querem saber quem chamou os serviços secretos portugueses para fazer um trabalho que, alegadamente, competia à polícia.
Os primeiros a prestar esclarecimentos serão o ex-adjunto Frederico Pinheiro e a chefe de gabinete do ministro das Infraestruturas, Eugénia Cabaço, na quarta-feira. No dia seguinte, quinta-feira, é a vez de João Galamba ser ouvido.
Polémica em causa
O caso, que remonta a 26 de abril, envolveu denúncias contra o ex-adjunto Frederico Pinheiro por violência física no Ministério das Infraestruturas e furto de um computador portátil, já depois de ter sido demitido, e a polémica aumentou quando foi noticiada a intervenção do Serviço de Informações de Segurança (SIS) na recuperação desse computador.
Este episódio gerou uma divergência pública entre o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o primeiro-ministro, em torno da manutenção no Governo do ministro das Infraestruturas, João Galamba, que apresentou a sua demissão, mas que António Costa não aceitou.
Frederico Pinheiro acusou o Ministério de tentativa de ocultação de documentos pedidos pela comissão parlamentar de inquérito à TAP, relativamente às notas do ex-adjunto da reunião preparatória da audição da ex-presidente executiva da companhia aérea, Christine Ourmières-Widener, na véspera da audição na comissão parlamentar de Economia, em janeiro.
João Galamba negou as acusações, sublinhando que não houve ocultação uma vez que as notas, enviadas pelo ex-adjunto no corpo de um email, foram endereçadas à comissão de inquérito.