TAP: o futuro e as polémicas

Inquérito à TAP: aprovado requerimento para ouvir João Galamba

Requerimento pediu máxima urgência, mas, por questões de agenda, o ministro só deverá ser ouvido dentro de uma semana. Também foram aprovadas as audições de Frederico Pinheiro e da chefe de gabinete de Galamba, Maria Eugénia Cabaço.

João Galamba
MIGUEL A. LOPES

SIC Notícias

O requerimento da Iniciativa liberal para a “audição imediata” de João Galamba na Comissão Parlamentar de Inquérito à gestão da TAP foi esta quarta-feira aprovado no Parlamento.

O requerimento pediu máxima urgência, mas, por questões de agenda, só deverá ser ouvido dentro de uma semana.

O requerimento tem por base as acusações do ex-adjunto do ministro das Infraestruturas, Frederico Pinheiro, e a resposta de João Galamba sobre os acontecimentos que levaram, inclusivamente, à intervenção do SIS.

Na reunião de hoje foi igualmente aprovado o requerimento do PSD e do Chega para a audição de Frederico Pinheiro, bem como a chefe de gabinete de João Galamba, Maria Eugénia Cabaço, este último a pedido do Chega.

No período de discussão deste requerimento, o presidente da comissão de inquérito à TAP, Jorge Seguro Sanches, referiu que tem havido o princípio de ouvir ex-governantes e governantes "de acordo com a fita do tempo", ou seja, estas são habitualmente as últimas audições.

Seguro Sanches deu ainda nota de um assunto que tinha sido debatido apenas em mesa e coordenadores que foi a disponibilidade manifestada junto da comissão de inquérito pelo ex-secretário de Estado Hugo Mendes de ser ouvido mais cedo nesta comissão, explicando que não obteve consenso para que o princípio fosse alterado e por isso não houve antecipação desta audição.

No período de discussão dos requerimentos foi aprovado por unanimidade o pedido do BE dos "documentos e/ou ficheiros classificados pelo Gabinete de Segurança Nacional, bem como os restantes documentos/ficheiros relacionados com a TAP, guardados no computador de serviço do Adjunto do Ministro das Infraestruturas, Frederico Pinheiro".

Quando apresentou este requerimento, a deputada bloquista Mariana Mortágua explicou que "sem dramas" o objetivo é apenas um: "perceber se há nesse computador informação que possa ser útil a esta comissão de inquérito".

Pelo PS, igualmente na mesma linha "sem drama", o socialista Bruno Aragão explicou que a sua questão era prática e operacional, sendo preciso saber como se resolvia do "ponto de vista jurídico" em termos de a quem seria feito o pedido.

O Chega, pelo deputado Filipe Melo, defendeu que aos deputados compete "votar o requerimento", sendo a mesa "que sabe a quem pede" os documentos, pedindo que não se arranjem "problemas onde eles não existem".

O presidente informou também que o tribunal indeferiu dois pedidos da comissão para levantamento de sigilo profissional relativo a duas sociedades de advogados e que os serviços da comissão estão a tentar encontrar uma solução uma vez que as audições destas entidades estão aprovadas.

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