TAP: o futuro e as polémicas

“Não posso falar”: presidente da CMVM foi à comissão de inquérito da TAP, mas pouco disse

A audição do presidente da CMVM na comissão de inquérito à TAP ficou marcada pela indignação dos deputados. É que o ponto que mais interessava discutir estava sob segredo de justiça e ninguém sabia.

SIC Notícias

Para surpresa de todos, o principal assunto que levou Luís Laginha de Sousa ao Parlamento não podia ser falado. Perguntas não faltavam para o presidente da CMVM, que acabou de processar a TAP, mas o caso estava, afinal, sob segredo de justiça.

Pouco mais se ficou a saber sobre a multa que a TAP poderá ter de pagar, por não ter sido transparente com a supervisora.

“Confesso a minha surpresa e frustração, esperava que tivesse havido resposta de entidade pública que tem obrigações de cooperação com a AR, no sentido de dizer ‘há uma limitação naquilo que é a resposta’”, afirmou Jorge Seguro Sanches, presidente da comissão.

As perguntas dos deputados ficaram sem resposta. Eram muitas sobre o recente processo de contraordenação que pode levar a TAP a pagar no mínimo 25 mil euros e no máximo cinco milhões.

Tudo porque, em fevereiro do ano passado, comunicou à CMVM que Alexandra Reis saiu da TAP por vontade própria. Mas uns meses depois, quando veio a público a indemnização milionária, a supervisora percebeu que havia algo de errado na justificação.

Ainda corre o prazo para a TAP se defender e, na decisão final, em princípio não estará o presidente da CMVM, porque até junho é credor da companhia. Luis Laginha é o sexto inquirido na comissão da TAP e irá certamente voltar.

No total, os deputados vão ouvir cerca de 60 pessoas, entre elas Hugo Mendes e Pedro Nuno Santos.

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