Na Turquia e na Síria a prioridade agora é ajudar os sobreviventes, numa altura em que as operações de resgate começam a ser substituídas por trabalhos de demolição e limpeza.
O início dos trabalhos de demolição indicia que se aproxima o fim das operações de resgate, no entanto, e contra todas as probabilidades continuam a chegar imagens de salvamentos.
Uma jovem de 17 anos foi retirada com vida dos escombros de um edifício, na cidade turca de Kahramanmaras, ao fim de 11 dias.
Os hospitais continuam a receber feridos diariamente e nos centros médicos foram também montadas tendas improvisadas. Apesar dos esforços e das ajudas internacionais, continuam a faltar recursos e pessoal.
Milhões de cidadãos enfrentam a falta de água e as más condições de saneamento que poderão trazer outras doenças. As autoridades de saúde já vieram alertar para os riscos, sobretudo, na província de Hatay, uma das mais atingidas pelo sismo.
Situação é mais preocupante na Síria
Na Síria a situação é ainda mais grave, já que quase metade das instalações de saúde não estão a funcionar, o que significa que milhares de sobreviventes vulneráveis, que são entregues com dores, não têm atendimento médico garantido.
Os casos traumáticos vão-se acumulando um pouco por toda a região afetada pela tragédia. É comum encontrar naqueles locais, histórias de pais que perderam os filhos e de filhos que perderam os pais.
Para milhares de sírios é agora ainda mais incerto um futuro já comprometido por anos de conflito, num país onde milhões dependem da ajuda humanitária que continua a ser insuficiente.