Sismo na Turquia e Síria

Presidente da Síria aparece pela primeira vez em público desde os sismos

Bashar al-Assad e a mulher estiveram no Hospital Universitário de Aleppo, na cidade que serve de capital da província do mesmo nome e que foi duramente atingida pelos sismos.

SYRIAN PRESIDENCY

SIC Notícias

Lusa

O Presidente sírio, Bashar al-Assad, visitou esta sexta-feira um hospital em Aleppo (noroeste), na sua primeira iniciativa pública desde os terramotos de segunda-feira, que provocaram mais de 21 mil mortos na Síria e na vizinha Turquia.

Acompanhado da mulher, Asma al-Assad, o líder sírio deslocou-se ao Hospital Universitário de Aleppo, na cidade que serve de capital da província do mesmo nome e que foi duramente atingida pelos sismos, anunciou o seu gabinete na rede social Twitter, citado pela agência espanhola EFE.

Al-Assad ainda não tinha aparecido em público desde os sismos, nem fez qualquer discurso ao país, que está em guerra desde 2011.

Os sismos, com epicentro no sul da Turquia, provocaram 3.377 mortos na Síria e 17.674 nas regiões turcas vizinhas, de acordo com a contagem provisória divulgada esta sexta-feira.

As autoridades e equipas de socorro admitem que o balanço de mortos vítimas mortais continuará a aumentar à medida que sejam removidos os escombros dos inúmeros edifícios que colapsaram.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) disse que 23 milhões de pessoas estão "potencialmente em risco, incluindo cerca de cinco milhões de pessoas vulneráveis".

A OMS disse ainda recear uma grande crise sanitária que poderá causar ainda mais danos do que os sismos, segundo a agência francesa AFP.

As dificuldades de quem ainda procura sobreviventes

Equipas de resgate exaustas tentam ainda encontrar as pessoas engolidas pelas montanhas de escombros na Síria. Os socorristas são voluntários do Crescente Vermelho vindos da Argélia, mas ainda faltam equipas especializadas para tentar localizar e resgatar quem tenha conseguido resistir.

A equipa do Crescente Vermelho é uma exceção. A guerra na Síria, que se arrasta há mais de uma década, afastou uma boa parte da ajuda internacional, sobretudo das áreas que estão sob controlo dos rebeldes que se opõem ao regime de Bashar Al Assad.

Esta quinta-feira, o secretário-geral das Nações Unidas confirmou a entrada do primeiro comboio humanitário das Nações Unidas na Síria. Para muitos a ajuda chegará demasiado tarde.

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