Mais de metade dos alunos do Ensino Superior podem ficar, afinal, sem a ajuda psicológica prometida pelo Governo. O chamado cheque-psicólogo oferece até 12 consultas de psicologia por estudante, mas não se aplica a a quem já sofra de alguma perturbação ou que apresente risco de suicídio.
O apoio ficou disponível no passado dia 30 de setembro.
Segundo o Governo, esta medida desenhada pela Ordem dos Psicólogos destina-se aos alunos do ensino superior, público ou privado, independentemente do ciclo de estudos que frequentem. Mas a verdade que não, de facto, para todos.
Quem fica de fora?
Estudantes com problemas de adição, com diagnóstico prévio de perturbação psicótica ou de personalidade, que tenham necessidades educativas especiais, transtorno bipolar ou em risco de suicídio ficam excluídos da atribuição do cheque-psicólogo.
O bastonário da Ordem dos Psicólogos indica que a medida pretende dar resposta mais rápida aos estudantes e que não é possível fazer um acompanhamento de doenças mentais mais graves sem o trabalho multidisciplinar de várias equipas medicas.
A quem se destina?
Esta medida destina-se, assim, a estudantes que apresentem sintomas de depressão e ansiedade, problemas sociais, académicos ou de gestão de carreira.
O cheque-psicólogo pode ser pedido através do site do Governo.