Benfica e Sporting encontram-se num dérbi decisivo agendado para o próximo sábado, às 18h00, no Estádio da Luz. As duas equipas têm os mesmos pontos, a duas jornadas do fim do campeonato.
Luís Cristóvão, comentador da SIC, analisa as forças das duas equipas. Nesta quinta-feira, especificamente, fala sobre os médios de Benfica e Sporting, depois de já ter analisado os defesas.
Três contra dois
O Benfica deverá alinhar com os habituais três jogadores - Florentino, Kökçü e Aursnes - na zona central, enquanto o Sporting provavelmente usará uma dupla formada por Hjulmand e Debast, ainda que Pedro Gonçalves possa ajudar a ocupar o meio campo.
“Haverá sempre mais um jogador do Benfica nessa zona central em comparação ao Sporting”, diz Luís Cristóvão, realçando, assim, a “missão dupla” de Hjulmand: “ser um dos médios presentes na recuperação e ser um médio para saltar pressão e liderar a equipa”.
No lado do Benfica, Florentino “é o rei das recuperação de bola da Liga portuguesa”. Kökçü é o criativo da equipa, um jogador “tecnicamente muito evoluído”, que “vem buscar a bola atrás e aparece muitas vezes em zonas de finalização”. Já Aursnes, o homem mais avançado, ”rende em qualquer zona" e “é fortíssimo no momento sem bola e na pressão”.
“Nenhuma deles está ao nível de médios que recentemente passaram e encantaram pelo Benfica, como João Neves ou Enzo Fernández, mas as três peças em conjunto dão muita solidez ao meio campo e trazem um grande desafio ao Sporting.”
O papel nuclear de Hjulmand
Com Morita condicionado fisicamente, o Sporting tem em Hjulmand uma figura nuclear, dentro e fora de campo.
“É o líder da equipa não só na gestão com bola, mas sobretudo na gestão mental da equipa. Com ele em campo, a equipa rende bastante mais, está mais organizada e a sua voz de comando faz muita diferença.”
Já Debast, um defesa central adaptado, consegue jogar mais à frente que o colega do meio campo, porque “tem muita qualidade técnica” e já atuou como lateral nos tempos de Anderlecht, na Bélgica. “É uma dupla muito sólida no momento defensivo”, considera Luís Cristóvão.