Faz esta segunda-feira uma semana que o mundo acordou com a noticia da morte do Papa Francisco, poucas horas depois de ter aparecido em público no domingo de Páscoa. Uma semana em que mundo dos católicos se despediu de um dos seus líderes mais carismáticos e começou a preparar-se para uma possível mudança.
O mundo não sabia, nem Francisco, que seriam das últimas palavras em público. Mesmo ofegante, debilitado e em claras dificuldades, deixava o Vaticano a transbordar de amor.
O pior veio horas depois. O Papa que pedira ao mundo para não ter medo despedia-se.
A comoção percorreu todos os continentes. Fieis e não fieis lembravam o homem que quis abrir a Igreja Católica a “todos, todos, todos” e que sempre defendeu que todas as religiões são um caminho para Deus.
Aos 88 anos, o mundo perdia a principal voz dos pobres e marginalizados e a Igreja passava a ter uma espécie de governo temporário.
Os cardeais chegavam a Roma para planear o funeral e tomar decisões. É preciso eleger o novo chefe da Igreja Católica romana.
Da capela de Santa Marta, o corpo do papa era levado para a Basílica de São Pedro, uma cerimónia de três dias com portas abertas e mais de 250 mil visitantes.
Depois de benzido com água benta, o caixão era fechado, como manda a tradição, junto de moedas, medalhas cunhadas durante o pontificado.
A cerimónia de hora e meia contou com a presença de 750 bispos e padres e mais de 200 cardeais.
A seguiu-se a procissão, a urna era transportada em marcha lenta até à Basílica de Santa Maria Maior, onde o Papa foi sepultado. Um cordão humano de seis quilómetros no adeus emocionado a Francisco.
Sentados na primeira fila no funeral, vários líderes mundiais.
Francisco foi sepultado como era, um homem humilde. Levava calçado os mesmos sapatos pretos, simples, que usava em vida.