Na Praça de São Pedro, mais de 35 mil fiéis reuniram-se no domingo de Páscoa com a esperança de ver o Papa Francisco. A incerteza sobre a sua presença era grande, mas assim que apareceu na varanda central da Basílica, tornou-se evidente o "estado debilitado" do pontífice, destacou a jornalista da SIC Teresa Canto Noronha.
“Nunca tinha visto o Papa Francisco tão debilitado quanto ontem”, relatou a jornalista que acompanhou todo este pontificado desde a eleição.
Apesar das dificuldades visíveis - na respiração, nos movimentos das mãos e até na fala - Francisco saudou a multidão com um “Boa Páscoa a todos”, num momento carregado de emoção.
A bênção “Urbi et Orbi”, tradicional nesta celebração foi “muito dolorosa de ver”, dado o estado de saúde frágil do Papa, salientou a jornalista.
O momento mais inesperado aconteceu no final, quando Francisco percorreu a praça no papamóvel, num gesto de proximidade que sempre caracterizou o seu pontificado.
"Eu acho que o que é importante retirar de ontem é que o Papa Francisco teve, no que acreditamos terem sido alguns dos seus últimos momentos de vida, uma das coisas que ele mais gostava, que foi um banho de multidão", referiu a jornalista.
“Foi seguramente um momento de grande alegria para ele”, sublinhou Teresa Canto Noronha, recordando que o Papa, que sempre recusou viver isolado e escolheu habitar na Casa de Santa Marta, “era uma pessoa que precisa de pessoas”.