Depois de aparecer este domingo de surpresa na bênção da Páscoa, visivelmente debilitado, o Papa morreu esta manhã, na residência oficial, a Casa Santa Marta, no Vaticano. Eram 7:35, em Roma, menos uma hora em Lisboa. O Papa Francisco tinha 88 anos.
"O Papa publicou recentemente a sua autobiografia, que se chama-se 'Esperança'. Ele acreditava num Deus que era próximo, capaz de transformar o mundo e aquilo que nos fez sempre foi acreditar que este Deus é mesmo todo poderoso e que nos liga.
O Papa foi mesmo um Pontífice, foi uma ponte para Deus. Eu acho que este é o grande legado do Papa Francisco. Em tudo nos quis fazer ponte para Deus", sublinha o padre Jorge Oliveira.
Questionado sobre se o legado que Francisco veio trazer à Igreja e ao mundo pode estar em causa, Jorge Oliveira refere:
"Penso que pode haver uma outra maneira de ler a realidade pelo sucessor do Papa Francisco. Nós na Igreja acreditamos num poder superior, de que o poder na Igreja não é do Papa Francisco, nem do Papa João Paulo II, é mesmo do Espírito Santo e é mesmo de Deus.
Eu penso que o Papa Francisco, pelo menos, abriu-nos um sinal, abriu-nos também um precedente, se quisermos, para sermos pessoas muito inspiradoras, para sermos pessoas da alegria.
Hoje custa-me a sorrir, vou-vos dizer aqui em direto, mas este é o Papa da alegria e contagiou tantas pessoas com a alegria.
Claro que o futuro a Deus pertence, mas eu penso que o próximo Papa não pode ignorar aquilo que fez Francisco", realça.
O Papa Francisco deixou o hospital há cerca de um mês, depois de cinco semanas de internamento. Teve uma crise de bronquite que se agravou e sofreu depois uma pneumonia bilateral.
Este domingo, Francisco foi aplaudido por milhares de católicos, na Praça de São Pedro. Pela primeira vez desde que se tornou Papa, faltou à maioria dos eventos da Semana Santa.