Vai ser uma das formas do Estado conseguir arrecadar mais dinheiro e equilibrar as contas públicas depois das mexidas nos impostos que vão custar centenas de milhões de euros.
A subida da taxa de carbono, um dos impostos que se paga pelo uso de combustíveis fósseis, ficou suspensa depois da crise dos preços da energia, em 2022, mas tem vindo a ser descongelada progressivamente.
No orçamento apresentado esta quinta-feira à tarde, o Governo prevê continuar a descongelá-la, o que vai fazer subir, consequentemente, o dinheiro que vai arrecadar com o imposto sobre os produtos petrolíferos.
O Correio da Manhã diz que só pelo descongelamento progressivo da taxa de carbono, o Estado vai conseguir quase 700 milhões de euros a mais no total do ano, uma subida de 20% face a este ano. Dá para compensar mais de 60% do alívio global no IRS que vai custar mil e 100 milhões de euros.
Desde agosto, que a subida progressiva da taxa de carbono tem anulado as descidas dos preços dos combustíveis. Por cada cêntimo de aumento no ISP, o Estado prevê arrecadar cerca de 70 milhões de euros por mês.