Orçamento do Estado

Pedro Nuno Santos vai ficar à espera que o Governo o chame para negociar o Orçamento

O secretário-geral do PS recebeu o mandato do partido para negociar, mas diz que a iniciativa tem de partir de Luís Montenegro. O partido assume entrar nas negociações de "boa-fé" e assegura a "preocupação de não partir para estas negociações com linhas vermelhas".

Diogo Teixeira Pereira

Salvador Reto

O secretário-geral socialista, Pedro Nuno Santos, afirmou esta segunda-feira que o PS "espera a iniciativa do Governo" sobre eventuais negociações para o Orçamento do Estado para 2025, esperando que todos estejam "à altura do país".

À saída da reunião da Comissão Política Nacional do PS que o mandatou, a seu pedido, para gerir a questão orçamental, Pedro Nuno Santos explicou que este é uma situação normal porque quando o partido está na oposição o "secretário-geral recebe o mandato para gerir o processo".

"A iniciativa é do Governo, portanto, o PS espera pela iniciativa do Governo. O orçamento não é apresentado por nós, não é feito por nós e portanto a iniciativa dependerá do Governo", respondeu quando questionado sobre quando iria contactar o primeiro-ministro, Luís Montenegro, para iniciar estas negociações.

A expectativa do líder do PS é que todos estejam "à altura do país", admitindo que estranharia se o Governo não se aproximasse das posições socialistas.

"De qualquer forma, agora a iniciativa em matéria orçamental é do Governo, como vocês sabem, e portanto esperaremos a iniciativa do Governo", insistiu, esclarecendo que o mandato que esta noite lhe foi conferido foi para gerir o processo orçamental.

Pedro Nuno Santos mandatado para negociar

"A Comissão Política Nacional do PS mandatou o secretário-geral do PS para iniciar um processo de diálogo com o Governo relativo à aprovação ou não do próximo Orçamento do Estado", anunciou Marcos Perestrello.

De acordo com o dirigente socialista, "existe do lado do PS uma vontade firme e verdadeira de construir um bom" orçamento, mas ressalvou que a obrigação de o aprovar "cabe em primeiro lugar ao Governo".

O PS, segundo o dirigente, está nestas negociações de "boa-fé" e assegurou a "preocupação de não partir para estas negociações com linhas vermelhas".

Com LUSA

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