Na conferência de imprensa, o ministro das Finanças falou de milhões para a Educação, para a Saúde, para a TAP e para a CP, logo, no próximo Orçamento do Estado, o ministro Pedro Nuno Santos terá dinheiro para novos comboios, para amortizar a dívida e para aumentos salariais.
"Nós, felizmente, conseguimos, neste Orçamento, plafond para fazer a revisão do acordo de empresa da CP e para fazer a revisão salarial na IP, que é uma reivindicação dos trabalhadores justa", refere o ministro das Infraestruturas.
Depois das queixas públicas ao ministro das Finanças, Pedro Nuno Santos festejou no parlamento o dinheiro no Orçamento do Estado para aumentos salariais e, também, a autorização para contratar 85 novos trabalhadores para a CP, depois de João Leão ter culpado a pandemia pelos esquecimentos que levaram o presidente da CP a bater com a porta.
"Sobre as afirmações do ministro das Infraestruturas, como sabe, este último ano foi um ano muito exigente para todos, com muitas coisas que tivemos de fazer todos, com muito trabalho. É natural que, quando se prepara uma proposta do Orçamento do Estado, que se tenha de fazer escolhas", diz o ministro das Finanças.
Para o próximo Orçamento do Estado, o ministro promete um novo olhar para os comboios.
"Registam-se algumas medidas importantes, nomeadamente, o início da maior aquisição de sempre de automotores por parte da CP. Depois, há uma dimensão financeira adicional a essa que tem a ver com a redução do endividamento da CP", acrescenta João Leão.
Ao todo, são 1.800 milhões para cortar na dívida da CP e apaziguar a guerra interna com Pedro Nuno Santos, que vai ter mais 990 milhões para ajudar à reestruturação da TAP.
"A apreciação que existe é que não há nenhuma razão para que esse plano não possa ser aprovado até ao final do ano", continua.
O ministro anunciou também 990 milhões para a Educação, divididos por dois anos letivos, com investimento em créditos horários e recursos humanos para o plano de recuperação de aprendizagens, e ainda dinheiro para contratar novos profissionais de saúde.
"O orçamento para o Serviço Nacional de Saúde tem um reforço de 700 milhões de euros para as diferentes necessidades do sistema e que implica o reforço do número de profissionais", termina.
Pelo que se soube entretanto, este montante é insuficiente para o que exigem os parceiros com quem o Governo está a negociar o Orçamento.