Empunhando faixas, os manifestantes fizeram uma performance artística dentro do edifício, pedindo às autoridades que "não reconheçam governos que não tenham sido eleitos pelo voto popular", descreve a Agência Brasil.
"Eu ainda não votei. Nas últimas eleições eu já tinha idade para votar, mas o medo de me envolver com a política era maior", disse um estudante de 17 anos, o mais jovem do grupo, lendo um manifesto.
O jovem referiu estar ali para levantar a sua voz "contra o golpe, contra a rutura democrática e contra a perda de direitos" que o povo brasileiro "conquistou e que merece o direito de manter".
Também para hoje, está marcada uma marcha pelo centro da cidade até à embaixada do Brasil para protestar contra o pedido de afastamento de Dilma Rousseff.
A marcha é organizada pela Frente Argentina para a Democracia no Brasil, formada por partidos políticos e organizações sociais de esquerda.
As iniciativas ocorrem no dia em que os senadores votam o relatório com o pedido de afastamento da Presidente, que deverá ser aprovado, à semelhança do que aconteceu na Câmara dos Deputados a 17 de abril.
Caso seja aprovado, Dilma Rousseff será afastada do cargo por um período de até 180 dias para ir a julgamento, e o seu vice-Presidente, Michel Temer, que já prepara governo, assumirá interinamente a Presidência.
Lusa