A decisão foi tomada nesta terça-feira à noite, por ampla maioria, um dia depois de a comissão especial criada na Câmara dos Deputados ter aprovado o pedido do processo de destituição, com 38 votos a favor e 27 contra.
O documento segue agora para o plenário, onde o PP conta com 47 deputados, e será votado no domingo.
Para passar ao Senado, o documento necessita da aprovação de 342 deputados.
Numa bancada de 47 deputados do PP, 44 compareceram à reunião desta terça-feira, sendo que nove declararam apoio à Presidente, quatro mostraram-se indecisos e 31 manifestaram o seu acordo com o pedido de destituição.
Após a bancada ter tomado esta decisão, o senador Ciro Nogueira colocou os cargos que o partido tem no governo à disposição.
"O partido solicita a carta de renúncia de quem está no Governo. Já falei com o ministro da Interação Nacional, Gilberto Occhi, e com presidente da Codevasf [Companhia de Desenvolvimentos dos Vales do São Francisco e do Parnaíba] que fizessem as cartas de renúncia como gesto de grandeza e lealdade", disse.
O senador, citado pela imprensa brasileira, explicou que não haverá punição para os que não seguirem a orientação da liderança.
Também o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), do vice-presidente brasileiro, Michel Temer, que era o principal aliado do Partido dos Trabalhadores (PT) de Dilma Rousseff, decidiu, a 29 de março, abandonar o executivo, mas nem todos os ministros desta força política concordaram em deixar os cargos.
A 16 de março, o Partido Republicano Brasileiro (PRB) tomou igualmente a decisão de abandonar o executivo.
Com Lusa