Jogos Olímpicos

"É duro para o coração, para a alma": marcas da guerra acompanham os atletas da Ucrânia nos Jogos Olímpicos

Nos Jogos Olímpicos de Paris há uma casa dedicada à Ucrânia, onde há vestígios da guerra que impediu muitos atletas de participarem no maior evento desportivo do mundo. Nunca os ucranianos tiveram uma delegação tão pequena nas Olimpíadas, mas ainda assim estão a ganhar medalhas e a sensibilizar o mundo para os efeitos do conflito.

SIC Notícias

Guilherme Monteiro

A cidade de Paris foi o local escolhido para receber a edição deste ano dos Jogos Olímpicos. É diretamente da capital francesa, numa casa dedicada à Ucrânia, que vários ucranianos assistem às provas olímpicas. Alguns deles fugiram da guerra e escolheram a França como país de acolhimento.

Desde o início do confronto com a Rússia, foram atacadas mais de 500 infraestruturas desportivas. Alguns dos vestígios destes ataques podem ser encontrados neste espaço dedicado à Ucrânia. É o caso das bancadas do estádio de Kharkiv que refletem a intensidade dos ataques russos e representam a dificuldade que os atletas ucranianos tiveram em treinar para estes Jogos Olímpicos.

Dos atletas que estão longe da família aosque morreram na linha da frente, a equipa deste ano da Ucrânia é feita de histórias e testemunhos que refletem a luta constante destes últimos dois anos.

A esgrimista, Olga Kharlan, ganhou as medalhas de bronze e ouro depois de em 2023 se ter tornado um símbolo de resistência. Foi eliminada do Mundial de Esgrima por se ter recusado a cumprimentar a adversária russa como ditavam as regras. Um ano depois, a ucraniana tornou-se a atleta com mais medalhas Olímpicas na historia da Ucrânia.

A delegação ucraniana nos Jogos Olímpicos é a mais pequena de sempre.

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