Pedro Fatela elogia a prestação da medalhada Patrícia Sampaio nos Jogos Olímpicos de Paris e explica a razão que leva Portugal a não ser mais competitivo no mundo do atletismo e, mais concretamente, na maior prova desportiva do mundo.
A judoca Patrícia Sampaio conquistou, na quinta-feira, a medalha olímpica de bronze na categoria -78 kg, a primeira conquista portuguesa nos Jogos Olímpicos de Paris.
O comentador da SIC reconhece que quinta-feira foi um "dia mágico" para a atleta, mas também para o "judo e para o desporto nacional".
Para além do feito assinalável, Pedro Fatela realça o esforço com que foi obtido:
"[O resultado] É inolvidável. Os combates de Patrícia Sampaio, desde o início da manhã, foram fantásticos, alguns resolvidos em poucos segundos, outros conseguidos com uma capacidade técnica enorme como foi no combate para a medalha de bronze contra a japonesa Rika Takayama".
Destaca, porém, o segundo combate da atleta, frente à francesa Madeleine Malonga, o momento que, para o comentador, revelou que "era o dia de Patrícia Sampaio".
A jogar em casa, o "pavilhão estava ao rubro" em apoio à francesa, no entanto, a judoca lusa não cedeu à pressão e foi "imponente e fantástica".
-Patrícia Sampaio, a 'imparável' que deu a primeira medalha a Portugal nestes Jogos Olímpicos
Pedro Fatela lembra que os resultados obtidos nos Jogos Olímpicos são resultado do trabalho desenvolvido ao longo de décadas, algo que "deve continuar a ser sustentado" no país.
"Aquilo que acontece em Portugal, ou particularmente no desporto escolar, que está a definhar naquilo que é o investimento junto dos clubes, junto da população jovem. Nós temos uma das percentagens de práticas desportiva mais baixas da União Europeia e, enquanto este paradigma não se alterar, dificilmente nós vamos chegar aos Jogos Olímpicos com mais do que algumas expectativas de medalhas", considera.