Lisboa divide-se por estes dias entre o entusiasmo dos que reconhecem importância ao maior evento da Igreja Católica e a discórdia de quem é contra o uso de dinheiro público.
A poucos metros de um dos palcos secundários da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), a Almirante Reis, no centro da capital portuguesa, tornou-se na Avenida… da liberdade de expressão.
“O Governo existe para dar resposta ao povo, portanto o povo faz-se ouvir e isso é positivo na nossa sociedade. Muitos jovens que estão a ser despejados das casas, que não têm condições (…) acho que, hoje em dia, isto seria a prioridade e não a Jornada”, referiu João Carvalho, um morador.
Os abusos sexuais na igreja e as recentes ações com os sem-abrigo, são alguns dos motivos das críticas, bem como o problema da habitação.
"Compreendo as necessidades das pessoas (…) mas está-se a confundir tudo. Conteste-se e deve-se contestar o ato político. A vinda do Papa é positiva. Há algum movimento em Portugal ou até na Europa que concentre um número tão grande de juventude no mesmo acontecimento?", disse António Pereira, outro morador.
A resposta vai ser dada nos próximos dias, mas a três dias do evento já chegaram à capital peregrinos de todos os cantos do planeta e no caminho para a JMJ, na bagagem cada um carrega as suas expectativas.