Peregrinos de todo o mundo continuam a chegar a Portugal para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ). Vêm dos cinco continentes, de vários países, até dos mais improváveis. A SIC acompanhou um pequeno grupo do Quirguistão na chegada ao Porto.
Num aeroporto que é cruzamento de culturas, voluntários da Paróquia de Maceda (Ovar), esperam um grupo particular, pequeno em número, mas grande na simbologia. O destino é Lisboa, mas antes há uma paragem na Invicta.
São oito pessoas provenientes do Quirguistão. Ao chegar em Portugal, o primeiro entrave é mesmo a língua. Um problema que é resolvido por Tai, que traduz de russo para ingles e vice-versa.
É para todos a primeira JMJ, mas as estreias não se ficam por aqui.
“É a primeira vez no Porto. Foi uma longa viagem, estamos um pouco cansadas. Mas quando chegámos ao Porto ficámos muito entusiasmadas, porque é a primeira vez num metro, foi a primeira vez num avião. É tudo fantástico”, realça Anna.
O responsável do grupo chegou na véspera. É natural do Vietname, jesuíta tal como o Papa, e missionário no Quirguistão.
No metro, Tai Hoang conta sobre a viagem de fé num país de maioria muçulmana onde há apenas 500 católicos.
Guerra é “assunto delicado”
Num território da antiga União Soviética que depende da Rússia para sobreviver, o tema guerra causa desconforto.
"É um assunto algo delicado, mas falamos sobre isso porque somos católicos e rezamos pela Ucrânia, pela Rússia e pelo fim da guerra", diz Tai Hoang.
Uma primeira vez inesquecível
“Estamos muito felizes por participar na Jornada Mundial da Juventude, especialmente por ser a primeira vez. Quando chegámos ao Porto e vimos os voluntários, aquela atmosfera de boas vindas, ficámos muito contentes. Está a ser mesmo muito bom”, exclama Victorya.
E ao fim da tarde há mais: vão ter a primeira viagem de comboio e ver o mar pela primeira vez.